Com lucros em alta, Bradesco demite trabalhadores e fecha agências

Na manhã da quarta-feira (19/11), funcionários do Bradesco e dirigentes do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana participaram do Dia Nacional de Luta, mobilização que ocorreu em todo o país para denunciar demissões, fechamento de agências e o agravamento das condições de trabalho. O ato foi realizado em frente à agência da avenida Getúlio Vargas e cobrou do banco o cumprimento das promessas feitas após o início do enxugamento da rede.
O protesto acontece num contexto de fortes críticas à estratégia do Bradesco. Mesmo registrando lucros elevados em seus últimos balanços, o banco mantém o fechamento de unidades, reduz equipes e transfere atendimento para menos pontos físicos, o que amplia filas e pressiona quem permanece nas agências, em uma política que aprofunda a precarização e contradiz o discurso de modernização usado pela instituição para justificar cortes.
Em Feira de Santana, o processo ganhou força após o encerramento da agência da avenida João Durval. O banco havia prometido realocar todos os trabalhadores sem demissões, mas a agência da Getúlio Vargas passou meses superlotada e o quadro de pessoal continuou diminuindo. Cerca de dez funcionários foram desligados desde novembro de 2024. Só em novembro de 2025, 4 bancários perderam seus postos.
A redução do quadro compromete diretamente o atendimento à população e expõe trabalhadores a metas inalcançáveis, acúmulo de funções e adoecimento. A mobilização é o primeiro passo de uma agenda de pressões que deve continuar caso o Bradesco não reajuste sua política de desrespeito aos trabalhadores e clientes.
Bancários do Bradesco aprovam registr...