NOTÍCIAS - 12/05/2025

Itaú amplia lucro, mas fecha agências e pressiona trabalhadores

O Itaú Unibanco registrou lucro líquido gerencial de R$ 11,128 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período de 2024. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) chegou a 23,7% no Brasil, reforçando a liderança do banco entre os maiores do país. Mesmo com o desempenho bilionário, o Itaú manteve a política de redução da estrutura física, com o fechamento de 222 agências e perda de 1,4 milhão de clientes em doze meses.

A contradição entre os números e a prática se repete: o lucro cresce, mas o número de empregados avança de forma tímida — apenas 343 contratações no ano, frente ao total de mais de 86 mil trabalhadores no país. Com menos pessoas nas equipes, a pressão aumenta. São metas inalcançáveis, cobranças diárias e a constante ameaça de reestruturações, que afetam não só o clima organizacional, como também a saúde mental da categoria.

A rentabilidade recorde também não se reflete em melhorias estruturais. A cobertura das despesas de pessoal pelas receitas de tarifas e serviços foi de 149,9%, o que demonstra a capacidade do banco de investir mais nos seus trabalhadores. Ainda assim, o Itaú segue privilegiando os acionistas em detrimento de quem gera o resultado. 

É clara a necessidade de uma gestão mais responsável, que coloque os direitos dos trabalhadores e o compromisso social acima da lógica do corte de custos e do lucro a qualquer preço.

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