No Santander, meritocracia vira sinônimo de vigilância e pressão

Sob o discurso de meritocracia e reconhecimento, o Santander tem ampliado o controle sobre seus funcionários. Através de sistemas digitais de monitoramento e cobrança permanente por resultados, o banco transforma o cotidiano dos trabalhadores em uma rotina de vigilância constante, gerando ansiedade, medo e adoecimento.
Programas como Mais Certo, Modelo Certo, StarmeUp e Santander Star coletam e transformam cada tarefa em dados e rankings de desempenho. Vendas, cliques e até comportamentos passam a ser monitorados em tempo real. Assim que o mês começa, o trabalhador já se vê em um placar visível para gestores e superintendentes, que acompanham cada movimento e resultado.
As metas diárias e semestrais, atreladas ao NPS (índice de satisfação do cliente), tornaram-se instrumento de punição. Mesmo fatores fora do controle do bancário, como reclamações de clientes sobre tarifas abusivas ou juros elevados, são usados para medir desempenho e justificar cobranças.
Reuniões constantes, mensagens fora do expediente e comparações públicas entre equipes reforçam uma cultura de medo e competição. A lógica da “meta acima de tudo” converteu a promessa de reconhecimento em um ambiente de exaustão e vigilância. No Santander, a busca por resultados deixou de ser um incentivo e passou a representar um sistema permanente de pressão e desgaste.
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