NOTÍCIAS - 09/09/2025

Gerente impõe cobrança de produção com hora marcada e gera pânico entre funcionários

O Bradesco vem transformando suas agências em campos de batalha silenciosos. Em Feira de Santana, trabalhadores do segmento do Alto Valor relatam uma cobrança incessante de produtividade, quase cronometrada. Chegam às oito da manhã e são pressionados a entregar metas em blocos curtos, hora por hora, até o meio-dia. A rotina sufoca, cansa e adoece, empurrando funcionários ao limite físico e emocional. Alguns chegam a parar no hospital, fruto do medo e da exaustão.
 
A gestão, segundo relatos, não oferece espaço para falhas ou diálogo. Cada minuto é contado, cada entrega controlada, cada erro punido. O que deveria ser incentivo se tornou instrumento de medo. Funcionários vivem sob constante vigilância, assediados pelo relógio e por cobranças que ignoram o básico: trabalhadores têm limites e não podem ser explorados.
 
O efeito dessa pressão é visível e crescente. Casos de ansiedade, estresse extremo e afastamento médico têm se multiplicado. O adoecimento não é apenas consequência individual, mas produto de um sistema que valoriza resultados imediatos acima da dignidade humana. A produtividade não pode ser medida em sangue e medo.
 
O Sindicato dos Bancários de Feira de Santana permanece vigilante e exigirá do Bradesco medidas concretas de responsabilização por práticas abusivas, respeito à saúde mental e reestruturação de um ambiente de trabalho que hoje humilha e adoece. O trabalhador não é engrenagem, nem hora marcada e seus direitos precisam ser respeitados

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