Bolsonaro cruzou o Rubicão

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, decretada pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, marca um ponto de não retorno. Não se trata de um ato isolado, mas da reação institucional a um projeto de poder autoritário que tentou minar a democracia de dentro para fora.
A tornozeleira eletrônica no ex-presidente é símbolo do esgotamento da tolerância com o golpismo travestido de patriotismo. O Supremo respondeu com firmeza e a Justiça finalmente deixou de ser espectadora e assumiu seu papel diante de uma ameaça real ao Estado democrático de direito.
A resposta de Trump, atacando abertamente o STF e ameaçando sanções, escancarou o que sempre foi claro: Bolsonaro era peça de um tabuleiro geopolítico que interessa diretamente aos EUA. O imperialismo norte-americano, ao defender seu soldado dos trópicos, revela o incômodo diante de um Brasil soberano. A fala agressiva da Casa Branca não é sobre direitos humanos, mas de controle e medo de perder um aliado submisso na América Latina.
Internamente, a extrema-direita se recolhe e ensaia vitimização. Falam em depressão, solidão e perseguição, numa tentativa grotesca de reabilitar uma imagem que desmorona. O Brasil não pode aceitar que chantagens emocionais substituam responsabilidade jurídica. A prisão de Bolsonaro fortalece a democracia e rompe o ciclo de impunidade que sustenta um projeto reacionário.
O governo Lula, pressionado por tarifas, chantagens diplomáticas e ameaças veladas, enfrenta o maior teste de soberania em décadas. A esquerda precisa compreender que este é o momento de alinhar povo e projeto e resistir ao entreguismo, reforçar a educação política e defender o Judiciário. A prisão de Bolsonaro é o início da verdadeira refundação democrática do Brasil.
Fonte: SEEBBA
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