Bancos exploram clientes. Queixas crescem

Os bancos, que concentram o crédito, aplicam taxas de juros altas, demitem e fecham agências, acumulam denúncias dos clientes, cansados de tanta exploração. O Inter registra proporcionalmente o maior índice de reclamações procedentes no segundo trimestre de 2025, com índice de 84,87, que indica o número de queixas confirmadas (3.239) a cada milhão de clientes (38,1 milhões).
Na lista do Banco Central, o segundo lugar é ocupado pelo Bradesco, com índice de 60,58, e 3.239 queixas, cerca de 110,1 milhões de clientes. A terceira colocação é do Mercado Pago (índice de 54,1), que somou 3.396 reclamações e tem 62,8 milhões de correntistas.
Há uma predominância dos bancos digitais, sem agências físicas, nas primeiras posições do ranking. Dos tradicionais, o Santander aparece na 10ª posição, seguido da Caixa (11º) e do Banco do Brasil (13º).
Entre as principais reclamações estão os problemas relacionados a cartão de crédito, sobretudo quanto à segurança e sigilo, que somaram 5.277 queixas; atendimento insatisfatório nos SACs ou Centrais de Relacionamento (3.457); e dificuldades em operações de crédito, exceto consignado (3.132).
A quantidade de denúncias reforça que a clientela está insatisfeita com o sistema financeiro, que está no topo da economia nacional. Em 2023, último ano com dados disponíveis, os grandes bancos responderam por 57,8% das operações de crédito no país, concentraram 56,0% dos ativos financeiros e detinham 57,9% dos depósitos totais do setor.
Fonte: SEEB - BA
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