O golpismo no banco dos réus

Pela primeira vez na história do Brasil, um ex-presidente de direita, sustentado pelas elites econômicas e pelo aparato militar, senta no banco dos réus. Jair Bolsonaro, e outros sete aliados, foram denunciados e responderão por tentativa de golpe de Estado. 

O STF (Supremo Tribunal Federal), por unanimidade, aceitou a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), escancarando a face golpista de um projeto político que sempre flertou com a ruptura democrática. 

A decisão histórica ocorre perto do 1º de abril, data do golpe civil-militar (1964-1985). Um bom momento para refletir sobre como a extrema direita brasileira insiste em reviver os piores momentos da história brasileira.

Além de Bolsonaro, tornaram-se réus Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira, Almir Garnier, Alexandre Ramagem e Mauro Cid. A acusação aponta uma trama feita para sabotar a democracia e anular o resultado as eleições de 2022. Provas, incluindo delações, documentos e vídeos, mostram como a cúpula conspirou para deslegitimar o sistema eleitoral e resultou nos ataques de 8 de janeiro. 

O desfecho do caso poderá redefinir os rumos da política nacional, pressionando as forças conservadoras a reavaliarem apostas autoritárias. O Brasil de 2025 não é o mesmo de 1964, e o peso da lei começa, enfim, a recair sobre aqueles que sempre julgaram estar acima dela. 

Fonte: SEEB - BA