Caixa propõe série de critérios, mas empregados cobram distribuição linear do delta
O Grupo de Trabalho (GT) de Promoção por Mérito da Caixa se reuniu nesta segunda-feira (11/11) para retomar o debate sobre os critérios para distribuição dos deltas, como são chamadas as remunerações adicionais que são pagas conforme a evolução na carreira.
No encontro, os representantes da Caixa apresentaram seis itens para que os empregados consigam o 1º delta: Certificação Agir Certo Sempre (2023) ou Agir Certo Caixa (2024); Certificação Cultura Digital; 1 curso finalizado no Coursera; 1 curso em andamento ou finalizado no Busuu (plataforma para aprendizado de línguas estrangeiras); 1 curso de iniciativa pessoal na Universidade Caixa; além da participação em 1 ação do Programa Qualidade de Vida. Essa ação poderá ser desde imunização na campanha de vacinação antigripal, convênio com Gympass ativo no plano gratuito, até participação no Programa de Nutrição e Hábitos Saudáveis ou cadastro no aplicativo Caixa em Movimento.
Para ser elegível ao 2º delta, a Caixa propôs que o empregado terá que ter, pelo menos, 300 dias do ano atuando em unidade com nota final 100 no Resultado.Caixa, sendo que o 2º delta será distribuído para 20% dos que ganharem o 1º delta.
Os representantes dos bancários rejeitaram a proposta e reafirmaram a reivindicação de que o 1º delta seja distribuído de forma linear entre os empregados, além da definição de critérios mais justos para o 2º delta.
Faltam menos de 50 dias para o final do ano e não haveria tempo hábil para que os trabalhadores cumprissem os critérios propostos pela Caixa. Não seria justo que os empregados fossem prejudicados pela demora do banco em negociar e divulgar os critérios para os deltas.
Outra exigência dos trabalhadores é volta do pagamento do 2º delta, o que não aconteceu nos últimos dois anos, além a utilização integral do 1% do orçamento previsto para as pessoas contempladas tanto com o 1º quanto com o 2º delta.
Os empregados também pediram para que, em 2025, a Caixa inicie as discussões de critérios para o delta antecipadamente, para que os empregados tenham tempo de cumprir atingirem o estabelecido. O banco prometeu iniciar o debate ainda no primeiro trimestre.
A Caixa ficou de avaliar as reivindicações dos trabalhadores para que o 1º delta seja linear e para que os critérios do 2º delta sejam mais justos e discutidos no GT.
A data da próxima reunião ainda será avaliada e divulgada nas próximas semanas.
Dados dos anos anteriores
Na reunião, os representantes da Caixa trouxeram informações sobre as regras de distribuição nos últimos cinco anos:
Em 2020, para o 1º delta os empregados tiveram que somar no ano anterior 40 pontos na sistemática, cujos critérios foram o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), frequência, capacitação, iniciativa de autodesenvolvimento e avaliação de competências. Para o 2º delta, os critérios foram as maiores pontuações na sistemática.
Em 2021, o 1º delta foi linear, ou seja, o mesmo percentual para todos. O 2º delta, por sua vez, foi entregue aos empregados com desempenho "excepcional" no ciclo do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), sistemática considerada ruim, pois o programa, introduzido na administração de Pedro Guimarães, contribuiu para o adoecimento na categoria por pressão por metas.
Em 2022, o 1º delta foi linear. No 2º o banco manteve o requisito pelo desempenho "excelente" no GDP.
Finalmente, nos últimos dois anos, 2023 e 2024, a distribuição foi linear. Contudo, não teve pagamento de 2º delta.
Terceirizações dispararam com a refor...