NOTÍCIAS - 15/05/2024
RS: Despreparo diante de fenômenos climáticos é realidade nacional

Desastres climáticos intensos estão cada vez mais comuns no cenário mundial e, nas últimas duas semanas, o Rio Grande do Sul (RS) tem sido assolado por chuvas e inundações constantes. Eventos da natureza como esses são resultados da ignorância e do descuido humano com os efeitos do aquecimento global, que não são novidades para os governos, constantemente alertados por cientistas e ambientalistas sobre a iminência de cenários catastróficos. Porém, mesmo não sendo um fator surpresa, pesquisa recente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta o despreparo das gestões municipais brasileiras para lidar com crises dessa magnitude.
O estudo mostra que 68% das prefeituras admitem não estar capacitadas para enfrentar o aumento de eventos climáticos extremos, enquanto 6% desconhecem as previsões climáticas e 3,4% não responderam. Entre as 3.590 prefeituras que participaram do levantamento, apenas 22,6% afirmaram possuir medidas de preparo.
O cenário piora quando a pesquisa indica que 57% das prefeituras indicaram não possuir nenhum sistema de alerta e 43,7% das prefeituras não possuem nenhum tipo de setor ou profissional responsável por uma monitoração diária e em tempo real nas áreas sob risco de desastres. Os resultados sublinham a falta de preparo dos governos locais para prevenir e responder a catástrofes climáticas.
Segundo a colunista do site "O Globo", Malu Gaspar, o plano de governo de Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre, não incluía medidas para lidar com eventuais tragédias ambientais, além de uma citação a um projeto de despoluição do rio Guaíba. Já o planejamento da administração do governo de Eduardo Leite, atual governador do estado do RS, não incluía medidas para lidar com eventuais tragédias ambientais, apenas uma menção rápida a um “planejamento metropolitano e das aglomerações urbanas” na infraestrutura do estado.
A defesa civil divulgou na última terça-feira (14/05) que a tragédia no estado já deixou mais de 79 mil pessoas desabrigadas e 149 pessoas mortas. É necessário uma ação urgente e a quebra da inércia dos governantes diante do prenúncio desses desastres. Cada vida perdida e cada família desabrigada é uma chamada urgente para medidas concretas e decisivas.
Por João França - SEEBFS
NOTÍCIAS - 05/05/2025
Governo acolhe redução da jornada par...