doecimento mental entre bancários cresce e coloca categoria entre as mais afetadas do país

Os bancários estão entre os trabalhadores com maior número de afastamentos por transtornos mentais relacionados ao trabalho no Brasil. Dados do INSS compilados pela plataforma Smartlab mostram que, entre 2012 e 2024, gerentes e escriturários de banco aparecem entre as três categorias mais afetadas por doenças reconhecidas como ocupacionais.
O levantamento indica que motoristas de ônibus lideram o ranking, seguidos por gerentes e escriturários de banco, técnicos de enfermagem e vigilantes.
O aumento recente é preocupante. Em apenas um ano, o total de afastamentos por transtornos mentais passou de 283 mil em 2023 para 471 mil em 2024, um crescimento de 66%.
Entre os gerentes de banco, 37,7% dos afastamentos foram classificados como relacionados ao trabalho. Já entre os escriturários, esse reconhecimento ocorreu em 18,7% dos casos.
Pesquisadores da área de saúde do trabalhador afirmam que o problema reflete o modelo de gestão adotado nos bancos, baseado em metas excessivas, cobrança constante e controle digital do desempenho. Esses fatores criam um ambiente de pressão que favorece o adoecimento psíquico.
A médica e pesquisadora Maria Maeno, da Fundacentro, aponta que o reconhecimento do nexo entre o trabalho e as doenças mentais ainda é falho, o que dificulta a responsabilização das empresas. Ela defende a aplicação efetiva do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário, mecanismo criado para facilitar o reconhecimento de doenças ocupacionais.
O cenário reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção e ao cuidado com a saúde mental dos trabalhadores, além de fiscalização mais rigorosa sobre as condições de trabalho no setor financeiro.
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