Itaú usa espionagem digital para justificar demissões em massa

O Itaú, maior banco privado do país, demitiu em massa mais de mil trabalhadores do home office alegando “baixa produtividade”. A desculpa cai por terra quando se descobre que o banco utilizou, sem qualquer aviso, um software de vigilância que monitorava cliques, teclado e navegação dos funcionários. Uma prática abusiva e autoritária, que transforma a mesa de trabalho em cela digital.
O sistema de espionagem não foi informado em contrato, nem comunicado de forma transparente. Bancários souberam do monitoramento apenas quando chegaram as demissões. Gente sendo cortada com base em métricas ocultas, incapazes de medir de fato o desempenho de um trabalhador, muito menos de refletir o esforço real exigido por um banco que já impõe metas sufocantes.
O escândalo é ainda maior quando se lembra dos lucros do Itaú: R$ 22,6 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025. Um banco que nada em dinheiro, premia diretores milionários e ainda assim usa robôs para vigiar e descartar pessoas como números descartáveis. Lucro para cima, dignidade para baixo.
O movimento sindical já denuncia que essa lógica não tem nada de inovação tecnológica — é só o velho autoritarismo travestido de algoritmo. Monitoramento clandestino, demissões arbitrárias e falta de diálogo não podem ser naturalizados. O que está em jogo é o direito básico de trabalhar sem ser espionado e sem viver sob a ameaça permanente da demissão injusta.
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