Ataques ao BB colocam economia e soberania em alerta

Na manhã da quarta-feira (27/08), bancários e bancárias de todo o país realizaram uma mobilização nacional em defesa do Banco do Brasil, da economia e da soberania nacional. A atividade foi aprovada na 27ª Conferência Nacional da categoria e denunciou os ataques coordenados contra a instituição pública. Em Feira de Santana, o Sindicato dos Bancários promoveu um ato na agência Estilo da Avenida Getúlio Vargas, reunindo trabalhadores e apoiadores para reafirmar a importância do BB para o desenvolvimento do Brasil.

 

Durante a manifestação, o diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Pedro César, destacou o papel estratégico do banco público e criticou os ataques recentes feitos por parlamentares ligados à extrema direita. "O Banco do Brasil é que financia o agro, a agricultura familiar, o microcrédito ao pequeno empresário, o financiamento estudantil e está sofrendo ataques de parlamentares. Vejam vocês, pessoas pagas com nosso dinheiro, dinheiro público, no exterior, conspirando contra a soberania nacional", afirmou.

 

Os atos aconteceram em várias capitais, como São Paulo, onde trabalhadores se reuniram em frente à matriz do BB na Avenida Paulista, e em Brasília, em frente à sede do banco. Além das manifestações presenciais, a mobilização também convocou a população a se engajar nas redes sociais, utilizando a hashtag #OBBédoBrasileiros para defender a instituição e combater a disseminação de notícias falsas que tentam fragilizar o Banco do Brasil.

 

Defender o Banco do Brasil é defender o desenvolvimento nacional. A instituição é fundamental para garantir crédito à agricultura, aos pequenos negócios e à população em geral. O próprio Banco do Brasil já se posicionou contra a onda de fake news que circula nas redes, classificando as publicações como inverídicas e maliciosas, com o objetivo de gerar pânico e prejudicar a população. 

 

A instituição anunciou que adotará medidas judiciais contra os responsáveis, entre eles o deputado Gustavo Gayer (PL-GO), o advogado Jeffrey Chiquini e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que chegou a afirmar em vídeo que o BB seria cortado das relações internacionais e levado à falência. 

 

Esses ataques, além de colocarem em risco a soberania nacional, podem configurar crimes contra o sistema financeiro, previstos na Lei 7.492/1986, com penas que chegam a seis anos de reclusão.