Itaú: Avanços importantes no GT sobre Junta Médica

O Grupo de Trabalho (GT) sobre a Junta Médica do Itaú se reuniu na última quinta-feira (17/4), para dar continuidade aos debates sobre melhorias no fluxo de funcionamento da Junta. No encontro, o banco apresentou repostas para as propostas de alterações na FAQ, solicitadas pelo movimento sindical na reunião do dia 3 de abril.
O Itaú acatou três sugestões dos trabalhadores, com ajustes e mediante consenso em relação às condições para aplicação das mudanças.
Contato com bancários e suspensão de complementação
A primeira foi sobre o prazo mínimo entre a entre a última tentativa de contato com o bancário e eventual suspensão da complementação salarial. O Itaú propôs um prazo inicial de 15 dias, que pode chegar a 35 dias, conforme a data de início do processo da junta médica. As tentativas de contato incluem telefone, WhatsApp, e-mail e até três envios de telegrama, conforme padrão dos Correios.
O banco se comprometeu a comunicar os sindicatos das bases envolvidas sobre todas as tentativas de contato. Também ficou definido que, antes de qualquer medida ou atitude, quando não for possível contato com o bancário, o GT da Junta Médica será consultado para definir o encaminhamento do caso. Segundo o próprio banco, até o momento, não houve registros de suspensão de pagamento nem de bancários não localizados.
Além disso, foi acordado que casos específicos — a depender da patologia e da dificuldade de contato com o trabalhador — também serão debatidos entre o banco e o GT, para definição de medidas apropriadas.
Juntas médicas presenciais
Embora nenhuma junta médica presencial tenha sido realizada até agora, o Itaú concordou que, se vierem a ocorrer, será feita uma reunião prévia com o GT da Junta Médica para estabelecer o fluxo de funcionamento dessas avaliações.
Participação de acompanhante
Outra reivindicação importante apresentada pelo movimento sindical dizia respeito à proibição de acompanhantes nas juntas médicas. O banco voltou atrás e reconheceu que o bancário tem, sim, direito a estar acompanhado durante o procedimento, nos casos em que haja necessidade física ou psíquica. Para tanto, o acompanhante deve ser indicado expressamente pelo bancário, apresentar-se no início da junta com nome, CPF e grau de parentesco, e não poderá se manifestar sobre a condição de saúde do trabalhador.
O programa de juntas médicas do Itaú está em fase piloto desde novembro de 2024 e o movimento sindical segue atento à sua implementação. Os avanços apresentados no GT demonstram a importância da negociação para garantir os direitos dos bancários.
“Desde o final do ano passado, o Itaú vem convocando os funcionários afastados para participarem de uma Junta Médica, com o objetivo de avaliar sua situação de saúde e, consequentemente, a manutenção da complementação salarial, conforme previsto na nossa CCT. Detectamos várias falhas no projeto piloto e reivindicamos ajustes para garantir um tratamento mais humanizado aos participantes. Hoje, o banco nos respondeu com um novo fluxo, mais compatível, no qual acatou a maior parte das melhorias solicitadas. Agora, vamos acompanhar o cumprimento do que foi acordado, para que os colegas se sintam mais seguros caso precisem passar por esse procedimento”, ressaltou Luciana Dória, diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e membro da COE Itaú.
Fonte: FEEBASE
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