Sindicato dos Bancários de Feira de Santana participa da 2ª Conferência Municipal de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

Nos dias 11 e 12 de março, o Sindicato dos Bancários de Feira de Santana esteve presente na 2ª Conferência Municipal de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CMSTT), realizada no auditório do Centro das Indústrias do município. Representando a entidade, participaram a diretora de Saúde, Conceição Rebouças, e o presidente do Sindicato, Eritan Machado. que foi eleito delegado para a etapa macrorregional do evento, prevista para maio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A conferência reuniu sindicatos, órgãos públicos e especialistas para discutir políticas de proteção à saúde do trabalhador. Segundo Geovane Figueiredo, membro da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (CISTT), a iniciativa faz parte de um processo contínuo de debates sobre as condições de trabalho e suas melhorias. “Essa conferência vem de uma diretriz do Ministério do Trabalho e Emprego, na prevenção e proteção do trabalhador, que é ligada também à saúde, ao Ministério da Saúde. Então, são conferências que acontecem para trazer a discussão de melhorias para a qualidade de trabalho e emprego no Brasil”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um dos temas centrais do evento foi a saúde mental, que tem sido motivo crescente de preocupação. O secretário municipal de Saúde de Feira de Santana, Rodrigo Matos, destacou o aumento dos afastamentos por transtornos mentais e a necessidade de enfrentamento do problema. “Houve, sim, um aumento significativo do número de pessoas afastadas do trabalho por conta de transtornos mentais, desde transtornos leves a moderados ou até graves. Isso tem várias explicações, mas a gente sabe que, após a pandemia, isso eclodiu de uma forma muito mais forte. Também há um reconhecimento hoje de que o transtorno mental é algo que tem que ser notificado, diagnosticado e tratado”. 

 

Segundo o secretário, a gestão municipal tem observado o problema com mais atenção e reforçado a necessidade de criar políticas públicas baseadas no diálogo com trabalhadores e sindicatos. “Essa discussão que houve aqui na Conferência de Saúde do Trabalhador é muito importante para que a gente possa propor políticas públicas justamente em momentos como esses, onde são colocados na mesma mesa de discussão trabalhadores, gestores e usuários”, afirmou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Além da saúde mental, a fiscalização das condições de trabalho foi um dos pontos debatidos. Adroaldo Santos, coordenador da CISTT, ressaltou a importância de monitoramento contínuo nos ambientes de trabalho para identificar riscos e garantir a segurança dos trabalhadores. “O papel do SUS é crucial, está lá no artigo 6º da Lei 8080. O SUS deve ter uma vigilância em saúde do trabalhador, que é exatamente um órgão, um setor do SUS responsável por ir ao ambiente de trabalho. Por exemplo, os bancários. Tem aqui o CEREST, que é o Centro Regional de Referência ao Trabalhador. Então, é importante que o CEREST, juntamente com o Sindicato dos Bancários, visite os ambientes de trabalho, os bancos, para ver a que riscos e exposição estão submetidos seus trabalhadores e suas trabalhadoras”.

 

Ao final do evento, foram eleitos 16 delegados, incluindo Eritan Machado e Conceição Rebouças, que representarão Feira de Santana na Conferência da Macrorregião Centro-Leste, em maio. As propostas discutidas nessa etapa serão levadas à 5ª Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador, em junho, e, posteriormente, à Conferência Nacional de Saúde, em agosto, onde serão debatidas as diretrizes para políticas públicas voltadas à saúde e segurança do trabalhador em todo o país.

 

Por João França