NOTÍCIAS - 15/08/2024

Financiários rejeitam proposta rebaixada da Fenacrefi

Na rodada de negociação desta quarta-feira (14/8), os representantes dos financiários rejeitaram, na mesa, a proposta da Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), que previa reajuste salarial abaixo da inflação e redução no valor da participação nos lucros e resultados (PLR).

A Fenacrefi propôs aumentar os salários e demais verbas em 80% do INPC acumulado entre junho de 2023 a maio de 2024, que foi de 3,34%. Isso representa um reajuste de apenas 2,67%, com perda de 0,65% para os trabalhadores.

Além disso, para a PLR a proposta foi de pagamento de até 5% do lucro e com teto de 1,8 salário, o que rebaixaria os ganhos de quem tem salários mais baixos. Só a proposta de PLR representaria perdas de R$ 1.729 para quem ganha o piso de R$ 2.940.

Também não houve retorno por parte dos representantes das empresas sobre a proposta de dois anos. Nem sobre a alteração da data base (atualmente em 1º de junho) para se adequar ao tempo que as financeiras levam para apresentar propostas.

“Praticamente nada do que foi reivindicado teve algum retorno positivo das financeiras”, critica o coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários, Jair Alves. “Tem como melhorar essa proposta, com certeza”, ressalta.

Os trabalhadores reivindicam um acordo de dois anos, com reajuste salarial que cubra a inflação medida pelo INPC (3,34%), de junho de 2023 a maio de 2024, e de junho de 2024 a maio de 2025, acrescido de 5% de aumento real. Os mesmos índices devem ser aplicados na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Para vales alimentação, refeição e auxílio-creche babá aumento real de 7%.

Dados dos financiários

Na reunião, a Fenacrefi ressaltou a importância da discussão mais abrangente realizada até agora, inclusive para o setor patronal. A pesquisa sobre Rosto dos Financiários, com dados fundamentais sobre a categoria, reivindicada pelos trabalhadores, deve finalmente ser feita.

Os negociadores das financeiras se comprometeram também com a realização do combate à violência contra a mulher, através de treinamento, cartilhas e ações efetivas. A Fenacrefi se comprometeu ainda a desenvolver ações de combate ao assédio moral.

Uma nova rodada de negociação está marcada para 22 de agosto, em São Paulo. E os trabalhadores cobram respeito e uma proposta decente que represente o esforço dos financiários.

 

Fonte: FEEBASE

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