NOTÍCIAS - 28/06/2024

Orgulho LGBTQIAPN+: um dia de resistência e visibilidade

Resistência é a palavra-chave que atravessa a história da luta LGBTQIAPN+ no Brasil. Nem nos momentos mais violentos e autoritários do país, como na ditadura militar, houve silêncio. A criação do Grupo Somos, dos jornais Lampião da Esquina e ChanacomChana em 1978, as tentativas de encontros nacionais e a retirada da homossexualidade do rol de doenças em 1985 mostram um histórico de mobilização e resistência.

É significativo que a principal data de celebração da população LGBTQIAPN+ no Brasil seja 28 de junho, em homenagem à revolta de Stonewall em Nova York, em 1969. No Brasil, houve uma série de acontecimentos que construíram um movimento sólido.

Em 1980, a manifestação no Teatro Municipal de São Paulo contra a violência policial reuniu movimentos LGBT+, negro, feminista e de prostitutas, denunciando abusos e prisões arbitrárias. Esse evento, conhecido como Dia de Prazer e Luta Homossexual, foi um marco de mobilização consciente e politizada.

Nos anos 1990, as Paradas de Orgulho LGBT ganharam força e apoio popular. A luta sempre foi coletiva, com várias mãos construindo um movimento que pede respeito e direitos.

Hoje, com o avanço desenfreado de grupos conservadores e fundamentalistas religiosos, os direitos conquistados são ameaçados. O momento é perigoso, os valores básicos estão em risco. Mas, a luta LGBTQIAPN+ sempre foi marcada com resiliência e coragem de pessoas que nunca se calaram diante da opressão. 

 

Fonte: SEEB - BA

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